O IFFluminense sediará um dos cinco polos de inovação a serem
criados no Brasil, após aprovação pela Empresa Brasileira de Pesquisa e
Inovação Industrial.
O Instituto Federal Fluminense teve sua proposta para a
implantação de um polo de inovação, na área de “Monitoramento e Instrumentação
para o Ambiente”, aprovada na chamada pública da Embrapii. Isso significa dizer
que o Instituto vai ampliar e gerar novas ações, em parceria com o setor
produtivo regional, no desenvolvimento de tecnologia, de serviços inovadores e
na qualificação de recursos humanos.
O polo será
estruturado no campus Rio Paraíba do Sul/Upea, em Campos dos Goytacazes-RJ, e
receberá da Emprapii R$ 3 milhões para financiamento de um plano de ação de
três anos. Além disso, haverá recursos do IFFluminense e também os que serão
captados junto às empresas.
O espaço atenderá a
demandas de uma cadeia industrial bem diversa tendo como foco pesquisas sobre
recursos hídricos, energia e resíduos, áreas que têm vinculação direta com os
projetos de pesquisa que já vem sendo desenvolvidos no curso de Mestrado
Profissional em Engenharia Ambiental do Instituto.
“Neste momento, em que
cinco Institutos Federais foram selecionados para sediar polos de inovação, é
muito importante nos percebermos enquanto Rede Federal e, nesse sentido, os
polos emergem com o compromisso de contribuir para a materialização de um
modelo que atenda à constituição de um trabalho de pesquisa e inovação em todos
os IFs”, afirma o reitor do IFFluminense, Luiz Augusto Caldas, acrescentando,
sob uma perspectiva mais local, que “estar nesse primeiro grupo significa uma
oportunidade de aprofundar, ainda mais, a relação do IFF com a comunidade e com
o setor produtivo local, para que este possa agregar conhecimento e inovação,
na perspectiva de ampliar o seu potencial de geração de trabalho e renda”, diz.
A proposta enviada
pelo IFF já contava com 17 cartas de intenção de indústrias da região
interessadas em participar do projeto. Empresas como a Codin e outras, do setor
cerâmico, em Campos dos Goytacazes-RJ; o polo produtor de rochas ornamentais,
em Santo Antônio de Pádua-RJ; empresas de energia, entre outras. A partir da
aprovação na chamada pública, divulgada nesta quarta-feira, 04 de março, o
próximo passo será formalizar as parcerias com essas empresas, por meio de
contrato pela Fundação Pró-IFF.
“Além da pesquisa e da
inovação, o polo terá um papel importante na formação de recursos humanos.
Haverá abertura de bolsas para estudantes e servidores, para os profissionais
das empresas envolvidas e também a oferta de cursos de capacitação por meio da
Escola de Formação Continuada, do Centro de Referência em Tecnologia,
Informação e Comunicação na Educação do IFF”, acrescenta.
A Upea, que já é,
desde a sua criação, em 2007, um espaço de pesquisa na área ambiental, ganhará
uma nova estrutura para atender as demandas enquanto polo de inovação. Sua área
atual de 5.764,18 metros quadrados passará para 25.764,18 metros quadrados e
está prevista a construção de um prédio de três andares com laboratórios para o
desenvolvimento dos projetos. Depois desta primeira etapa de três anos, haverá
uma avaliação dos resultados para credenciamento definitivo, o que pode ocorrer
até mesmo antes, caso as metas propostas sejam atingidas.
Participam do projeto
toda a equipe de servidores do campus Rio Paraíba do Sul/Upea, com o apoio da
Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação e do Núcleo de Inovação Tecnológica do IFF.
Saiba Mais: Os polos
serão unidades compostas por laboratórios de pesquisa aplicada, atuando em uma
área de competência específica, e serão implantados nos campi dos institutos
federais selecionados. Alunos e professores do próprio instituto, profissionais
das indústrias e pesquisadores do Brasil e até do exterior serão responsáveis
pela execução dos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
A implantação de polos
de inovação tem o objetivo de promover o aumento da competitividade e da
produtividade do parque industrial nacional pelo desenvolvimento da pesquisa
aplicada. Além do IFFluminense, foram selecionadas propostas dos Institutos
Federais da Bahia, na área de equipamentos médicos; do Ceará, de sistemas
embarcados e mobilidade digital; do Espírito Santo, de metalurgia; e de Minas
Gerais, de sistemas automotivos inteligentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário