Ex-chefe da Casa Civil de Cabral, Regis Fichtner também será
investigado
O ministro Luiz Felipe Salomão, do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), autorizou a retirada de sigilo e a abertura de inquérito contra
os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião
Viana (PT), e o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, que estariam envolvidos
na investigação da operação Lava Jato. Esta manhã, o ministro Salomão recebeu
da Procuradoria-Geral da República os procedimentos judiciais contra os três.
Além deles, o ex-chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral, Regis Fichtner, também
será investigado.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto
Costa afirmou em depoimento que arrecadou R$ 30 milhões em recursos desviados
da Petrobras para caixa dois da campanha de Sérgio Cabral para governador e de
Pezão para vice em 2010. Segundo o delator, os recursos para a campanha de
Cabral e Pezão vieram de empresas que atuavam na obra do Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (Comperj).
De acordo com Paulo Roberto, o consórcio Compar, formado
pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC, contribuiu com R$ 15 milhões. O
restante foi pago por outras empresas, como Skanska, Alusa e UTC, disse o
delator. O ex-diretor afirma que os pagamentos eram “propina”. Pezão e Cabral
vão ser investigados num mesmo inquérito.
Já o governador do Acre, Tião Viana, é suspeito de ter
recebido R$ 300 mil do esquema, conforme os delatores Paulo Roberto Costa e o
doleiro Alberto Youssef.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou
abertura de inquérito contra 49 investigados na operação Lava Jato, a maioria
deles políticos com foro privilegiado.
Entre os investigados pelo Supremo estão o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL).
A participação de parlamentares nas irregularidades na
Petrobras é investigada pela Justiça com base em depoimentos firmados sob
delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro
Alberto Youssef, no âmbito da Lava Jato, da Polícia Federal.
Fonte: Jornal do Brasil
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